quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Previsões Mago da Pitangueira Parte I - 2018



Como fazemos todos os anos, vamos ao Monte das Profecias, onde medita em total harmonia com a natureza e com as coisas, o sábio, milenar e ímpar Mago da Pitangueira.

A entrevista foi longa, de maneira que dividirá em várias partes. Primeiro as maiores curiosidades nacionais, eventos, fatos que marcarão a vida das pessoas, etc. Depois publicaremos a tradicional  previsão astrológica. Deixemos agora a palavra com o Mago.

- Diga-nos Grande Mestre e Mago da Pitangueira, como será 2018?

Vejo problemas e soluções. O mundo, que conhecemos e chamamos como nosso mundo, passa por uma mutação espiritual. Há aqueles que resistem, mas estão armados apenas de palavras, paus e pedras e há aqueles que impõem uma nova ordem e estão armados de balas, balões e balinhas nucleares. O reino da Pitangueira, apesar de ser uma democracia monocrática absolutista de grande e salutar efeito moral, social e educacional, empresarial, sexual e coisa e tal para seus moradores, está inserido nesse mundo aliado aos elementos das palavras.

- Mestre, poderia ser mais específico quanto aos problemas?

O Reino da Pitangueira não é uma ilha. Ouçam os sinais, os avisos, tal como badalos dos sinos. Não pergunte por quem dobram os sinos, eles dobram por ti.  No século XVII, quando eu caminhava entre os bretões, conheci um homem digno, John Donne, e com ele aprendi que nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Pitangueira ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio. Morremos um pouco a cada morte que presenciamos. Enfim, o mal veio para ficar, faz parte do ciclo, do princípio da dualidade.

- Princípio da dualidade? Isto existe?

Para gregos e troianos, como está escrito desde sempre em Gênesis 1:1-5:

No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

- Então tem isto escrito na bíblia, olha só! Mais alguém sabe disto, Mestre?

Bem, maktub, assim está escrito na segunda maior instituição religiosa do planeta depois da judaico-cristã, também se referindo à criação: "Então, abrangeu, em Seus desígnios, os céus quando estes ainda eram gases, e lhes disse, e também à terra: Juntai-vos, de bom ou de mau grado! Responderam: Juntamo-nos voluntariamente."

Já na terceira maior religião do mundo, na Teogonia Védica do Hinduísmo, o Universo surgiu da respiração de Bhraman (o supremo Criador), que a cada movimento respiratório cria (expiração) e destrói (inspiração), formando o espaço – a matéria e as formas – e o tempo.

No Taoismo, Yin e Yang são as forças que se completam e se opões, construindo e destruindo.

Só estas quatro instituições representam 80% da crença mundial.

- Mas, Mestre, então o Mal existe ou não existe?

Nossa percepção do mal é superficial, rapaz. Do ponto de vista espiritual, acredita-se que sobre o Monte Armon, anjos rebelados fizeram um pacto no qual nenhum dos anjos caídos poderiam mudar de ideia na revolta contra o Criador no que ficou conhecido como Pacto Armon.

Do ponto de vista humano, o Mal geralmente se refere a tudo aquilo que não é desejável ou que deve ser destruído. Está no vício, em oposição à virtude. Meu fiel amigo Kant revelou ao mundo que o ser humano teria uma propensão para o mal, apesar de ter uma disposição original para o bem.

No século XX, Hannah Arendt retoma a questão do mal radical kantiano, politizando-o. Analisa o mal quando este atinge grupos sociais ou o próprio Estado. O mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional para isso - em razão de uma escolha política. A trivialização da violência corresponde, para Arendt, ao vazio de pensamento, onde a banalidade do mal se instala.

- Mestre, e Banaland?

A Pátria Amada como a conhecemos deixará de existir, após a eliminação sistemática de ideologias inteiras, quer de direita, quer de esquerda, deixando o território político quase vazio, quase totalmente desprovido de qualquer forma de inteligência. Bananaland será como o paraíso javista, será de todo mundo e não será de ninguém, pois as suas criaturas cometeram o pecado de provar da fruta proibida, descobriram que estavam nus e agora vagam de camisinhas amarelas e panelinhas silenciosas cobrindo suas partes, sem rumo, sem saber onde chegar e para onde partir.

Minas não há mais, Rio não há mais, o sul é o que é, meio gaúcho, meio portenho, meio bagual, meio índio, meio prussiano se acha deslocado, São Paulo é a viúva porcina. O Nordeste é um paraíso a ser conhecido e o norte, ah! o norte, foi dado ao povo do norte, se é que me entende.

- Diga-nos Mestre, quais são as coisas boas no meio deste caos?

Paulo de Tarso, a quem acompanhei quando esteve no Areópago, profetizou assim aos Gálatas, aqueles celtas malucos que migraram para a Turquia - “Aquilo que o homem semear também colherá” (Gálatas 6,7). Não causou surpresa o chaaato do Isaac, digo, Sir Isaac Newton - a plebe rude diz Izac, mas como todos sabemos pronuncia-se aɪzək - ter traduzido para sua percepção cientifica que toda ação gera uma reação, igual e contrária.

- Só mais uma dúvida Mestre, não necessariamente sobre as profecias, mas estes golpistas, onde moram, o que fazem, como vivem?

- Moram dentro de cada um de nós, rapaz. Depende de quem olha; depende das oportunidades e sobretudo depende do que se pode mostrar, ou melhor, do que ninguém vê, a não ser os ... golpistas.

- Bem, quando teremos as previsões astrológicas, tão esperadas na Pitangueira todos os anos?

Semana que vem, rapaz, diga ao povo que semana que vem começaremos a divulgar o que os astros reservam ao mundo em 2018, segundo seus signos.

Mestre, muito obrigado!

É isto aí!

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