sábado, 7 de outubro de 2017

Gandhi e o ódio canalizado


Alto lá, este texto não é meu
Confesso que copiei e colei
Livro - Gandhi: O Despertar dos Humilhados
Autor - Jacques Attali
Editora - Novo Século


As mandíbulas da morte:

Gandhi é odiado pelos muçulmanos por ser hindu; é detestado pelos hindus porque defende muçulmanos e intocáveis. É desprezado pelos intocáveis porque lhes nega um estatuto particular. Em 28 de junho, manifestantes tentam descarrilar o trem que faz o trajeto Deli a Poona.
Ele (Gandhi) lança a frase – “O homem vive nas mandíbulas da morte.”¹

"Reconheço que estou totalmente indefeso diante da violência quando ela é feita pelos nossos; e, enquanto ouço falar sobre ela, um médico tomando o meu pulso logo constataria a aceleração dos batimentos cardíacos do meu coração. Tenho necessidade de alguns instantes, consagrados à espera da ajuda de Deus, para que o meu coração recupere um ritmo normal. 

Sou incapaz de remediar essa debilidade. Eu a alimento. Essa emotividade me permite continuar sendo apto a servir e a guiar, a permanecer humilde e guardar a confiança em Deus. Somente Ele sabe quando estarei suficientemente contrariado e comovido, pelos nossos atos de violência, para que se justifique um jejum temporário ou permanente. É a última arma do satyagrahi contra aqueles a quem se ama."  - Mahatma Gandhi (1869 - 1948) 

¹ Texto publicado online

2 comentários:

  1. Minas Gerais, 10 de outubro de 2017
    Caro Paulo,
    que texto, que lembrança, quanta humanidade! É muito bom, especialmente em tempos de obscuridade, violências atrozes, disparates desumanos e armações grotescas (uma atrás da outra) ver, lembrar, ler, ouvir ou sentir que a ameaça sempre esteve posta, ela, às vezes, parece afastada, mas nunca vai muito longe, no entanto, os resistentes também sempre estarão em algum lugar. E por e com eles é que a gente deve seguir!
    Abraços,
    Ótima semana
    Amanda

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    1. Minas Gerais, 12 de outubro de 2017

      Querida Amanda,

      Há nuvens escuras, cinzas, furacões, tufões, tempestades, terremotos, violência contra vidas indefesas, violência jurídica, violência política, violência legislativa e sobretudo o ódio canalizado entre nós, cuja capacidade de destruição é escatológica, quer no contexto profético, quer no contexto apocalíptico.

      Vivemos um momento de catarse coletiva em vias de ruptura, o que está morrendo ainda se debate e o que está vindo, ainda não veio.

      Somos testemunhas de um momento crucial na história da vida humana neste planeta, tão pequeno, tão insignificante perante a infinitude do universo, mas é o que temos como nave que se desloca no espaço. É o que temos ...

      Um abraço, Amanda, sempre elegantemente Amanda!

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Gratidão!