quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Zero não é o que queremos

Zero é tudo
que não queremos
neste cruel embate
do povo contra a porca
gorda do vil metal.

Eu te digo
que desde o nascer,
até findo o brioche,
sempre fomos induzidos
a quitar os zeros
que aprendemos que devemos.
(podemos dizer não))

O povo, na sua ignorância
é sábio na matemática.
O que temos guardado
em pote de barro adâmico,
é coisa de Deus,
Não é para zerar com o mau.
(o mau existe)

Anulando as forças
a fórceps em dor
com estes canalhas
(patifes, bandidos)
consagraríamos a
equidade das forças
com as porcas
gordas de fuças sujas
(sensuais e perversas)

Por isto
ao ver-lhes maiores
serão menores
e não morreremos.
(viveremos para sempre)

para ódio
da primeira classe
limpinha e cheirosa
com nariz de cadáver.
(a nobreza putrefata)

Então, quando bater
a dor do ódio (inútil)
no meio da noite
façamos amor.
(com a amada, sorrindo).

É isto aí!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Tragédia e luto


Este momento que vitimou a Chapecoense não será esquecido. Tragédia, acidente, erro, seja lá o que for, levou pessoas que estavam ali para um objetivo único - realizar um sonho.





Eu já residi em Santa Catarina e conheço a paixão daquele povo pelos seus valores. Sinceramente, hoje estou muito sensibilizado com este episódio.





Oremos, façamos uma reflexão sobre a brevidade das nossas vidas, sobre nossos sonhos e nossa missão por aqui.









É isto aí!

Tragédia e luto

Este momento que vitimou a Chapecoense não será esquecido. Tragédia, acidente, erro, seja lá o que for, levou pessoas que estavam ali para um objetivo único - realizar um sonho.

Eu já residi em Santa Catarina e conheço a paixão daquele povo pelos seus valores. Sinceramente, hoje estou muito sensibilizado com este episódio.

Oremos, façamos uma reflexão sobre a brevidade das nossas vidas, sobre nossos sonhos e nossa missão por aqui.



É isto aí!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O polegar opositor e o deus Photos






E você aí achando que seu polegar opositor, símbolo máximo da evolução da espécie, era uma coisa já definida pela perfeita natureza da espécie humana, saiba que isto é passado. Depois da ascensão do grande deus Photos Shop, que vem sendo a maior divindade requisitada por dez entre dez pessoas insatisfeitas e infelizes com o processo ultrapassado de criação pelas vias naturais, saiba que fenômenos documentalmente comprovados já demonstram que algumas pessoas evoluíram para a nova espécie dominante do terceiro milênio, provando que estamos em permanente evolução.





Técnicos da NASA, da ONU, da CIA, da KGB e da CIC - Central de Inteligência de Caratinga, em recente Congresso Internacional de Provas Irrefutáveis, ocorrido em Ibiá, afirmaram que grandes momentos da humanidade, como o advento das facas Ginsu, das meias Vivarina, dos aparelhos auditivos Sonic 2000, dos travesseiros Countour Pillow e da inacreditável filmadora Tekpix, não só transformaram o povo incrédulo em fieis seguidores da fé criacionista, como o prepararam para receber a verdade, e a verdade é Photos Shop.





Segundo o físico-teleológico Karl Smith Cover, prêmio Nobel das Ciências Paralelas, que presidiu o evento, o que ocorreu de fato como prova da nova onda criacionista-evolucionista, é que as pessoas passaram a perceber que com a aproximação cada vez mais íntima e pessoal com esta deidade (Photos), o mundo se tornou um lugar mais feliz para se viver. Isto sim pode ser reconhecido como a nova tábua de salvação dos incrédulos, infiéis e agnósticos que estão a cruzar o deserto em busca da fonte da vida eterna.





Se você não está satisfeito com o seu polegar opositor gordo, feio e torto - Baba, baby, baby baba!




É isto aí!

O polegar opositor e o deus Photos


E você aí achando que seu polegar opositor, símbolo máximo da evolução da espécie, era uma coisa já definida pela perfeita natureza da espécie humana, saiba que isto é passado. Depois da ascensão do grande deus Photos Shop, que vem sendo a maior divindade requisitada por dez entre dez pessoas insatisfeitas e infelizes com o processo ultrapassado de criação pelas vias naturais, saiba que fenômenos documentalmente comprovados já demonstram que algumas pessoas evoluíram para a nova espécie dominante do terceiro milênio, provando que estamos em permanente evolução.

Técnicos da NASA, da ONU, da CIA, da KGB e da CIC - Central de Inteligência de Caratinga, em recente Congresso Internacional de Provas Irrefutáveis, ocorrido em Ibiá, afirmaram que grandes momentos da humanidade, como o advento das facas Ginsu, das meias Vivarina, dos aparelhos auditivos Sonic 2000, dos travesseiros Countour Pillow e da inacreditável filmadora Tekpix, não só transformaram o povo incrédulo em fieis seguidores da fé criacionista, como o prepararam para receber a verdade, e a verdade é Photos Shop.

Segundo o físico-teleológico Karl Smith Cover, prêmio Nobel das Ciências Paralelas, que presidiu o evento, o que ocorreu de fato como prova da nova onda criacionista-evolucionista, é que as pessoas passaram a perceber que com a aproximação cada vez mais íntima e pessoal com esta deidade (Photos), o mundo se tornou um lugar mais feliz para se viver. Isto sim pode ser reconhecido como a nova tábua de salvação dos incrédulos, infiéis e agnósticos que estão a cruzar o deserto em busca da fonte da vida eterna.

Se você não está satisfeito com o seu polegar opositor gordo, feio e torto - Baba, baby, baby baba!

É isto aí!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Amores achados e paixões perdidas.





Olá, eu queria prestar queixa de um desaparecimento





Desaparecimento de que?





De uma mulher.





Perfeito, preencha este formulário específico.





Mas está em branco.





É que vocês homens não são tão bons em detalhes, daí ser necessário usar de artifícios pedagógicos que promovam uma ampliação da sua memória, trazendo à tona apenas o que importa de tudo que se lembra, sem indução do questionários ou de terceiros. Escreva como ela é; descreva sua aparência a partir do que está gravado na sua mente - seu cheiro, sua cor, seus cabelos, etc; fale da sua voz, do seu andar, dos seus carinhos, que quando assustar poderemos fazer um retrato falado dela a partir das suas percepções.





Ela... ela... ela... olha só, eu não sei fazer isto.





Então troquemos de formulário. Pegue este, sente-se ali e responda sim ou não, ok?





Sim ou não? Zero ou Um? Yin ou Yang? Tipo assim?





Responda apenas sim ou não.





Mas aqui está perguntando se a amo.





Apenas marque sim ou não.





Olha só, pensando bem ela não desapareceu. É que bateu dúvida, sabe? Acho que fomos nos desmaterializando aos poucos e quando nos demos conta não existíamos mais um para o outro. 





Bem, esta delegacia é especializada apenas em amores despedaçados e paixões perdidas. No seu caso, nós ainda não temos uma solução melhor, mas mesmo assim, se quiser registrar algo que justifique a sua vinda e a sua dor, fique a vontade.





Sabe, já que você foi tão gentil comigo, vou deixar registrado que perdi um grande amor e agora há um vazio que me prende a algum lugar no espaço entre minha vida e a dela. É só isto. Muito obrigado.





De nada. Se precisar do nosso serviço, já sabe, estamos 24 horas de plantão. E, olha, é ... eu também estou sozinha, se achar ... bem ..., tudo bem, só se achar que poderia, quer dizer, eu, humm ... volte sempre!





Amores achados e paixões perdidas.

Olá, eu queria prestar queixa de um desaparecimento

Desaparecimento de que?

De uma mulher.

Perfeito, preencha este formulário específico.

Mas está em branco.

É que vocês homens não são tão bons em detalhes, daí ser necessário usar de artifícios pedagógicos que promovam uma ampliação da sua memória, trazendo à tona apenas o que importa de tudo que se lembra, sem indução do questionários ou de terceiros. Escreva como ela é; descreva sua aparência a partir do que está gravado na sua mente - seu cheiro, sua cor, seus cabelos, etc; fale da sua voz, do seu andar, dos seus carinhos, que quando assustar poderemos fazer um retrato falado dela a partir das suas percepções.

Ela... ela... ela... olha só, eu não sei fazer isto.

Então troquemos de formulário. Pegue este, sente-se ali e responda sim ou não, ok?

Sim ou não? Zero ou Um? Yin ou Yang? Tipo assim?

Responda apenas sim ou não.

Mas aqui está perguntando se a amo.

Apenas marque sim ou não.

Olha só, pensando bem ela não desapareceu. É que bateu dúvida, sabe? Acho que fomos nos desmaterializando aos poucos e quando nos demos conta não existíamos mais um para o outro. 

Bem, esta delegacia é especializada apenas em amores despedaçados e paixões perdidas. No seu caso, nós ainda não temos uma solução melhor, mas mesmo assim, se quiser registrar algo que justifique a sua vinda e a sua dor, fique a vontade.

Sabe, já que você foi tão gentil comigo, vou deixar registrado que perdi um grande amor e agora há um vazio que me prende a algum lugar no espaço entre minha vida e a dela. É só isto. Muito obrigado.

De nada. Se precisar do nosso serviço, já sabe, estamos 24 horas de plantão. E, olha, é ... eu também estou sozinha, se achar ... bem ..., tudo bem, só se achar que poderia, quer dizer, eu, humm ... volte sempre!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fulanos são bons, testados e aprovados




Fatos e opiniões são coisas tão diferentes que deveriam vir com bula para cada versão:




- Fulano roubou 23 milhões do povo!

Ah! Mas olha só para ele, seus olhos puros ... é dos nossos maiores representantes! - e quer saber do que mais? Sabe falar inglês ...





- Sicrano prevaricou.


Coitado, tão bom para a família! É exemplo de pai, de marido, de igreja ...





- Beltrano trafica de tudo!


Malditos comunistas, não podem ver um homem de bem prosperar que logo o acusam de algo.





É isto aí!





Fulanos são bons, testados e aprovados


Fatos e opiniões são coisas tão diferentes que deveriam vir com bula para cada versão:

- Fulano roubou 23 milhões do povo!
Ah! Mas olha só para ele, seus olhos puros ... é dos nossos maiores representantes! - e quer saber do que mais? Sabe falar inglês ...

- Sicrano prevaricou.
Coitado, tão bom para a família! É exemplo de pai, de marido, de igreja ...

- Beltrano trafica de tudo!
Malditos comunistas, não podem ver um homem de bem prosperar que logo o acusam de algo.

É isto aí!


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Papo de Esquina XXX




- A canoa começou a virar. 





- É verdade! As pessoas queriam uma mudança que fosse mais do que desligar o som alto das denúncias fabricadas ou reais, as sirenes, as vozezinhas vazias dos empregadinhos milionários da mídia, as notícias fantasiosas das revistinhas falidas e o que se vê é que estão se sentindo enganadas. 





- Tarde demais?





- Não, nada disto. Veio o tsunami e esta maré ainda não baixou. Ainda vão espernear mais do que aquele lá da ambulância, mas a vontade maior da sociedade era de uma mudança e não de lambança. E quando a maré baixar e levar esta caterva tudo junto e misturado, teremos como saber quem era bandido, pois bandido mal intencionado e bandido bem intencionado, tudo é bandido.





É isto aí!  

Papo de Esquina XXX

- A canoa começou a virar. 

- É verdade! As pessoas queriam uma mudança que fosse mais do que desligar o som alto das denúncias fabricadas ou reais, as sirenes, as vozezinhas vazias dos empregadinhos milionários da mídia, as notícias fantasiosas das revistinhas falidas e o que se vê é que estão se sentindo enganadas. 

- Tarde demais?

- Não, nada disto. Veio o tsunami e esta maré ainda não baixou. Ainda vão espernear mais do que aquele lá da ambulância, mas a vontade maior da sociedade era de uma mudança e não de lambança. E quando a maré baixar e levar esta caterva tudo junto e misturado, teremos como saber quem era bandido, pois bandido mal intencionado e bandido bem intencionado, tudo é bandido.

É isto aí!  

Razão x Emoção: Animação que inspirou o filme "Divertida Mente" (Inside ...



Antes da Pixar nos apresentar de forma simples um complexo conflito de emoções dentro do cérebro de uma garotinha, foi lançado Razão x Emoção. O curta metragem criado por alunos da escola americana Ringling College of Art and Design retrata um conflito parecido de forma ainda mais primitiva.

Ao invés de diferentes sentimentos, a batalha aqui é travada entre Razão e Emoção, diretamente da sala de comando do cérebro de um rapaz. Esta última bastante parecida com a da cabeça da pequena Riley. A ocasião? O desconfortável primeiro encontro. Quem será que vence essa batalha?



Se o vídeo não abrir, basta clicar em qualquer um dos endereços abaixo e curtir:

Fonte¹ no Youtube: Razão X Emoção  postado por Marcos Ramos, em 12 de mai. de 2016
Fonte² no Youtube: Razão X Emoção postado por Osni Rodrigues, em 05 de dez. de 2020
Fonte³ no Youtube: Razão X Emoção postado por "A garota do Blog", em 11 de jun. de 2015
Fonte° no Youtube: Razão X Emoção postado por Adriano Valim, em 13 de nov. de 2014


A Lua HD ganhador de OSCAR Curta Metragem

A Lua HD ganhador de OSCAR Curta Metragem

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A oitiva da Pitangueira




O sistema judicial do Reino da Pitangueira é monocrático, resoluto e imparcial, como é sabido e confirmado em todos os cantos desta página que você por ela trafega. Explicar-lhe-ei em detalhes mais práticos a máxima de certa feita do nosso sistema indestrutível, para provar a lisura que praticamos.





Declaramos para os devidos fins nacionais e internacionais que fatos aqui citados ocorrem apenas no interior deste reino, sendo para os reinos alheios apenas uma peça de ficção, e qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos, atos ou situações fora deste quadrado será mera coincidência.





Que seja dado início à oitiva:





Dona Zakładia Narodowysk De'Vil, como sabe, tem o direito de permanecer calada etc e tal. Esta oitiva é referente à estadia do senhor seu cônjuge em aposentos imperiais, e especificamente neste caso, por hora, hóspede do serviço disciplinar aos cidadãos, com ínfima suspeita de desvio de conduta.





Muito bem, Dona Maria, a senhora é corrupta?





Não.





Não o que?





Não, senhor meritíssimo, meu nome não é Maria.





Não é isto, a senhora deve responder com clareza.





Entendi. Eu não sou corrupta, e não me chamo Maria.





A senhora sabia que suspeita-se que o senhor seu cônjuge talvez tenha contas secretas na Ilhas Galápagos e na Ilha de Páscoa, totalizando mais de mil pinguins em espécie?





Não. Nunca soube destas contas, meritíssimo.





A senhora sabe como um cartão de credibilidade com seu nome e cadastro geral da pitangueira, o CGP, foi responsável por compras e despesas gerais no exterior em mais de cinco orcas?





Não, meritíssimo. Nunca soube deste fato e aliás não possuo cartão.





Como a senhora adquire roupas de grife como esta que está usando?





Na 25 de março quando estou em visita à SP e no Saara, na cidade que nasci, cresci e sou pobre e feliz, meritíssimo.





Considero satisfeito com a oitiva, dispensada a ré, isenta de culpa  e de dolo. Está dispensada, Dona ... dona ...





Maria, meritíssimo, pode me chamar de Dona Maria ...





É isto aí!




A oitiva da Pitangueira

O sistema judicial do Reino da Pitangueira é monocrático, resoluto e imparcial, como é sabido e confirmado em todos os cantos desta página que você por ela trafega. Explicar-lhe-ei em detalhes mais práticos a máxima de certa feita do nosso sistema indestrutível, para provar a lisura que praticamos.

Declaramos para os devidos fins nacionais e internacionais que fatos aqui citados ocorrem apenas no interior deste reino, sendo para os reinos alheios apenas uma peça de ficção, e qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos, atos ou situações fora deste quadrado será mera coincidência.

Que seja dado início à oitiva:

Dona Zakładia Narodowysk De'Vil, como sabe, tem o direito de permanecer calada etc e tal. Esta oitiva é referente à estadia do senhor seu cônjuge em aposentos imperiais, e especificamente neste caso, por hora, hóspede do serviço disciplinar aos cidadãos, com ínfima suspeita de desvio de conduta.

Muito bem, Dona Maria, a senhora é corrupta?

Não.

Não o que?

Não, senhor meritíssimo, meu nome não é Maria.

Não é isto, a senhora deve responder com clareza.

Entendi. Eu não sou corrupta, e não me chamo Maria.

A senhora sabia que suspeita-se que o senhor seu cônjuge talvez tenha contas secretas na Ilhas Galápagos e na Ilha de Páscoa, totalizando mais de mil pinguins em espécie?

Não. Nunca soube destas contas, meritíssimo.

A senhora sabe como um cartão de credibilidade com seu nome e cadastro geral da pitangueira, o CGP, foi responsável por compras e despesas gerais no exterior em mais de cinco orcas?

Não, meritíssimo. Nunca soube deste fato e aliás não possuo cartão.

Como a senhora adquire roupas de grife como esta que está usando?

Na 25 de março quando estou em visita à SP e no Saara, na cidade que nasci, cresci e sou pobre e feliz, meritíssimo.

Considero satisfeito com a oitiva, dispensada a ré, isenta de culpa  e de dolo. Está dispensada, Dona ... dona ...

Maria, meritíssimo, pode me chamar de Dona Maria ...

É isto aí!

Escrevendo em 1 Minuto - O processo de Escrever

Escrevendo em 1 Minuto - O processo de Escrever

Este País está doente. (Ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão)




Quando se lê, ao acordar, que em Goiânia, pertinho de nós, um pai matou seu filho único, estudante de matemática na UFG, porque participara do movimento de ocupação de escolas e, depois do crime, suicidou-se, há algo de muito errado acontecendo conosco. Há quem dirá que a culpa é dos "comunistas" que incitaram à ocupação de escolas. Argumento fácil para adoçar neurônios intoxicados de ódio disseminado por todos os meios de comunicação. Não percebem, porém, esses dedos apontados, que são eles tão vítimas quanto o infeliz pai.





Fatos como este não acontecem por acaso. Não podem mais ser qualificados de marginais. Eles fazem cada vez mais parte de nosso doentio cotidiano. Estamos assistindo entorpecidos ao alastramento dessa psicose coletiva, adredemente inoculada na sociedade, para tornar-nos incapazes de reagir ao desmonte de nosso estado, nossa economia, nossa cultura e nosso modo de ser e viver. Só não vê quem não quer ou quem já se deixou acometer por essa epidemia.





Há quem possa e deva ser responsabilizado por isso. O inimigo comum não é o outro que pensa diferente e faz escolhas outras que as minhas. O inimigo comum é quem alastra o ódio para tornar nossa terra um inferno em que se fica encapetando o próximo, longe da lição de homem de Nazaré que nos ensinou a amá-lo.





Quem dissemina bronca, raiva, indignação seletiva pode se considerar co-autor, participe dessa tragédia de Goiânia. Quem semeia o ódio na população civil, orientado por objetivos políticos indisfarçáveis, com a sistematicidade de uma campanha massiva de desinformação calculada, está praticando crime contra a humanidade.





É só ler o Art. 7° do Estatuto de Roma que disciplina o funcionamento do Tribunal Penal Internacional e lembrar-se do precedente do Tribunal de Ruanda sobre a Rádio Mille Collines.





Será que diante da recusa do ministério público e do judiciário, muitas vezes cúmplices, de por termo a essa onda de ódio, vamos ter que recorrer a instâncias internacionais? Reflitamos.





Assina:


Ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão

Este País está doente. (Ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão)

Quando se lê, ao acordar, que em Goiânia, pertinho de nós, um pai matou seu filho único, estudante de matemática na UFG, porque participara do movimento de ocupação de escolas e, depois do crime, suicidou-se, há algo de muito errado acontecendo conosco. Há quem dirá que a culpa é dos "comunistas" que incitaram à ocupação de escolas. Argumento fácil para adoçar neurônios intoxicados de ódio disseminado por todos os meios de comunicação. Não percebem, porém, esses dedos apontados, que são eles tão vítimas quanto o infeliz pai.

Fatos como este não acontecem por acaso. Não podem mais ser qualificados de marginais. Eles fazem cada vez mais parte de nosso doentio cotidiano. Estamos assistindo entorpecidos ao alastramento dessa psicose coletiva, adredemente inoculada na sociedade, para tornar-nos incapazes de reagir ao desmonte de nosso estado, nossa economia, nossa cultura e nosso modo de ser e viver. Só não vê quem não quer ou quem já se deixou acometer por essa epidemia.

Há quem possa e deva ser responsabilizado por isso. O inimigo comum não é o outro que pensa diferente e faz escolhas outras que as minhas. O inimigo comum é quem alastra o ódio para tornar nossa terra um inferno em que se fica encapetando o próximo, longe da lição de homem de Nazaré que nos ensinou a amá-lo.

Quem dissemina bronca, raiva, indignação seletiva pode se considerar co-autor, participe dessa tragédia de Goiânia. Quem semeia o ódio na população civil, orientado por objetivos políticos indisfarçáveis, com a sistematicidade de uma campanha massiva de desinformação calculada, está praticando crime contra a humanidade.

É só ler o Art. 7° do Estatuto de Roma que disciplina o funcionamento do Tribunal Penal Internacional e lembrar-se do precedente do Tribunal de Ruanda sobre a Rádio Mille Collines.

Será que diante da recusa do ministério público e do judiciário, muitas vezes cúmplices, de por termo a essa onda de ódio, vamos ter que recorrer a instâncias internacionais? Reflitamos.

Assina:
Ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão

Não interessa, é tudo culpa do Trump






O golpe foi dado

É culpa do Trump

O Cunha foi preso

É culpa do Trump

A delação vazou

É culpa do Trump

A inflação voltou 


É culpa do Trump


A espinhela caiu 


É culpa do Trump


A CEF quebrou


É culpa do Trump


O BB faliu


É culpa do Trump


Os estudantes sabem nada


É culpa do Trump


As greves são nefastas


É culpa do Trump


O povo é idiota


É culpa do Trump


A oposição é imbecil


É culpa do Trump


O FMI veio para ficar


É culpa do Trump


A Petrobrás foi rifada 


É culpa do Trump


A Argentina perdeu de 3


É culpa do Trump


O governo é uma merda


É culpa do Trump


O ministério é apátrida


É culpa do Trump


Arhg lobo mente


É culpa do Trump


O desemprego disparou


É culpa do Trump


E a donzela é recatada e do lar


É culpa do Trump










Não interessa, é tudo culpa do Trump

O golpe foi dado
É culpa do Trump
O Cunha foi preso
É culpa do Trump
A delação vazou
É culpa do Trump
A inflação voltou 
É culpa do Trump
A espinhela caiu 
É culpa do Trump
A CEF quebrou
É culpa do Trump
O BB faliu
É culpa do Trump
Os estudantes sabem nada
É culpa do Trump
As greves são nefastas
É culpa do Trump
O povo é idiota
É culpa do Trump
A oposição é imbecil
É culpa do Trump
O FMI veio para ficar
É culpa do Trump
A Petrobrás foi rifada 
É culpa do Trump
A Argentina perdeu de 3
É culpa do Trump
O governo é uma merda
É culpa do Trump
O ministério é apátrida
É culpa do Trump
Arhg lobo mente
É culpa do Trump
O desemprego disparou
É culpa do Trump
E a donzela é recatada e do lar
É culpa do Trump



domingo, 13 de novembro de 2016

Documentário: "Destruição a jato"

Produção: JornalOBah 

Música neste vídeo

Violin Concerto: II.
Artista Naxos:unknown artist
Álbum Strings (Eternal)
Writers Philip Glass
Licenciado para o YouTube por
AdShare MG for a Third Party (em nome de Naxos); UMPG Publishing e 6 associações de direitos musicais
Música

The last butterfly
Artista Wodkah
Álbum Butterlfly
Licenciado para o YouTube por
Interstreet Recordings (em nome de 2328891 Records DK)




Documentário: "Destruição a jato"

Produção: JornalOBah 

Música neste vídeo

Violin Concerto: II.
Artista Naxos:unknown artist
Álbum Strings (Eternal)
Writers Philip Glass
Licenciado para o YouTube por
AdShare MG for a Third Party (em nome de Naxos); UMPG Publishing e 6 associações de direitos musicais
Música

The last butterfly
Artista Wodkah
Álbum Butterlfly
Licenciado para o YouTube por
Interstreet Recordings (em nome de 2328891 Records DK)




A vingança retardada

João Souza era um destes servidores pontuais, exemplares e clássicos no traje e no linguajar. 
Tinha hábitos comuns, mecânicos e previsíveis. Nunca participou de festas, de greves, de confraternizações, eleições e de fuxicos na instituição.
  
Todas as quartas-feiras seu horário de almoço era dividido entre o lanche e o ritual das coisas bizarras. E foi no dia 18 de março de 2015 que tomou a decisão que entendeu ser capaz de abalar a república. Naquela quarta-feira, por sessenta minutos, de 13:32 às 14:41, enquanto impreterivelmente, consultava o Oráculo, caderno de anotações bizarras que aconteceram ao seu redor durante a semana, na sua vida e na sua sala, resolveu zerar o histórico do computador da sua sala. E percebeu que aquilo era bom. Registrou no Oráculo que esta bizarrice deveria ser ampliada e o guardou meticulosamente na segunda gaveta do lado esquerdo, a única com chave.

Com a mente transbordando em mais de mil possibilidades, na quarta-feira seguinte, no ritual de consulta, deu-se conta de novamente zerar o histórico, e estava novamente zerado. Registrou parcimoniosamente. Abriu sua caixa de emails privados e por indução lógica, buscou pelo histórico de recebidos - zerou, enviados - zerou, spam - zerou, lixeira - zerou. Aquilo estava ficando tão prazeroso quanto sinistro, escreveu no Oráculo. Ao final do orgasmo dos zeros, atingiu o gozo encerrando a conta pessoal do e-mail.

Na quarta-feira seguinte verificou Facebook, WhatsApp, Facebook Messenger, Tumbrl, Instagram, Twitter, Skype, Viber, Snapchat, Pinterest e Linkedin e constatou que podia totalmente zera-los sem sentir dor. Tudo apagado, sem registros, sem histórico, sem referências cruzadas, enfim, estava quase no ponto de equilíbrio. Naquela tarde fechou todas as contas, para deleite e regozijo pleno e descansou.

Sete dias depois tomou nas mãos o smartphone e desmontou metodicamente o aparelho com uma naturalidade incomum. Depois de ter todas as peças importantes por sobre a mesa, tornou a utilizar do cinzeiro como uma pira de desapego. Na quinta-feira, apenas um dia depois do último sacrifício, não foi trabalhar pela primeira vez em vinte  e seis anos de repartição pública, por que decidiu ir para local incerto e não sabido até darem por sua falta, o que nunca aconteceu até a presente data.

É isto aí!


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Odete, a Chiquita Bacana do Paranoá


Cinco horas da manhã, movido por um sono justo, fui despertado ao toque de alerta do meu impoluto Nokia analógico pela inefável Odete, a Chiquita Bacana do Paranoá. Reza a lenda nas pequenas rodas do poder de Brasília, que de certa feita, em 1982, em um banquete da pátria amada em homenagem ao cacique de hollywood ocupante da casinha branca com varanda quintal e mato verde lá no norte, ele levantou-se com olhar de desejo e admiração à mocinha incorporada de Carmem Miranda, e propôs um brinde ao "povo da Bolívia". 





Houve relâmpagos e trovoadas da choldra para Odete, que estava à sua frente, trajando o melhor estilo carmemirandês, despojada das peças íntimas como era de fato a nossa Chiquita Bacana original. Segundo informações extra-oficiais em off, as duas elevadas montanhas andinas em riste e a floresta densa daquele país açoitaram a percepção do simpático convidado, levando-o a proclamar como pátria bolivariana este solo da mãe gentil.





- Bom dia, amore!!! (disse no tom limite entre falar e sussurrar, seguido de uma gargalhada deliciosa)





- Odete! Que surpresa aprazível ouvi-la em tamanha alegria.





- Acorda, amore, o mundo está de pernas para o ar e você aí dormindo.





- O que aconteceu, Odete?





- O meu Donald, não aquele que contracenou com o Zé Carioca e a Aurora Miranda, irmã da minha diva eterna, a Carmem Chiquita Bacana, mas igualmente um pato branco, de pernas e bico alaranjados, faturou a sala oval, como já sabe





- Sim, já sei, mas e a ... ???





- Não pergunte. Espere. Como sabe tudo que falo vem de informações mais seguras  do que delação premiada. Então ... - segundo ouvi de Gracinha, minha manicure, que soube na casa de Amanda, que ouviu do amante, Betinho Casanova, que a sua esposa revelou-lhe ter ouvido de Carminha, que escutou em casa de Creuzinha, que tem um romance mal esclarecido com Adalberto, uma faz-tudo de determinada residencia palaciana do distrito federal, que ao passar por estreito corredor, ouviu soluços, lágrimas e voz embargada de provável senil cavalheiro errante, que em inglês macarrônico falava a quem de direito - Madame, the brown sugar is sweet but hard, I avisei-a-a, eu warned you to give a coup traíra, e you forgot - i say muitas vezes - traíra coup ... but you believed in that guy. And now cry, baby e eu do meu lado fico aqui desesperate, por que a water está no pescoço, understand? Por sua causa, mylady, por sua causa!





- Pelas barbas do profeta glabro, Odete, então a farinha de um foi no pilão do outro?





- Opa!!!! Alto lá, amore, eu não disse isto, eu não disse nada, eu não sei de nada. Forget forget full, amore, menos de mim your eterna euzinha, montada por ti feito uma bitchcleta  !!! Humm, que delícia, vieram as doces lembranças - vem me ter em Brasília, amore, vem, não lhe custa nada me ter ... vem ... por favor, há tanta vida lá fora e eu aqui sozinha por você me ter!!!!





- O..O.. Odete, eu ... eu ... sou monoglota e fico querendo falar esta língua chique aí, este latim da batata quente e ... alô.... alô ... caramba, caiu a ligação. Vou decorar umas duas palavras só para dar pressão nela na próxima vez!





É isto aí!









Odete, a Chiquita Bacana do Paranoá

Cinco horas da manhã, movido por um sono justo, fui despertado ao toque de alerta do meu impoluto Nokia analógico pela inefável Odete, a Chiquita Bacana do Paranoá. Reza a lenda nas pequenas rodas do poder de Brasília, que de certa feita, em 1982, em um banquete da pátria amada em homenagem ao cacique de hollywood ocupante da casinha branca com varanda quintal e mato verde lá no norte, ele levantou-se com olhar de desejo e admiração à mocinha incorporada de Carmem Miranda, e propôs um brinde ao "povo da Bolívia". 

Houve relâmpagos e trovoadas da choldra para Odete, que estava à sua frente, trajando o melhor estilo carmemirandês, despojada das peças íntimas como era de fato a nossa Chiquita Bacana original. Segundo informações extra-oficiais em off, as duas elevadas montanhas andinas em riste e a floresta densa daquele país açoitaram a percepção do simpático convidado, levando-o a proclamar como pátria bolivariana este solo da mãe gentil.

- Bom dia, amore!!! (disse no tom limite entre falar e sussurrar, seguido de uma gargalhada deliciosa)

- Odete! Que surpresa aprazível ouvi-la em tamanha alegria.

- Acorda, amore, o mundo está de pernas para o ar e você aí dormindo.

- O que aconteceu, Odete?

- O meu Donald, não aquele que contracenou com o Zé Carioca e a Aurora Miranda, irmã da minha diva eterna, a Carmem Chiquita Bacana, mas igualmente um pato branco, de pernas e bico alaranjados, faturou a sala oval, como já sabe

- Sim, já sei, mas e a ... ???

- Não pergunte. Espere. Como sabe tudo que falo vem de informações mais seguras  do que delação premiada. Então ... - segundo ouvi de Gracinha, minha manicure, que soube na casa de Amanda, que ouviu do amante, Betinho Casanova, que a sua esposa revelou-lhe ter ouvido de Carminha, que escutou em casa de Creuzinha, que tem um romance mal esclarecido com Adalberto, uma faz-tudo de determinada residencia palaciana do distrito federal, que ao passar por estreito corredor, ouviu soluços, lágrimas e voz embargada de provável senil cavalheiro errante, que em inglês macarrônico falava a quem de direito - Madame, the brown sugar is sweet but hard, I avisei-a-a, eu warned you to give a coup traíra, e you forgot - i say muitas vezes - traíra coup ... but you believed in that guy. And now cry, baby e eu do meu lado fico aqui desesperate, por que a water está no pescoço, understand? Por sua causa, mylady, por sua causa!

- Pelas barbas do profeta glabro, Odete, então a farinha de um foi no pilão do outro?

- Opa!!!! Alto lá, amore, eu não disse isto, eu não disse nada, eu não sei de nada. Forget forget full, amore, menos de mim your eterna euzinha, montada por ti feito uma bitchcleta  !!! Humm, que delícia, vieram as doces lembranças - vem me ter em Brasília, amore, vem, não lhe custa nada me ter ... vem ... por favor, há tanta vida lá fora e eu aqui sozinha por você me ter!!!!

- O..O.. Odete, eu ... eu ... sou monoglota e fico querendo falar esta língua chique aí, este latim da batata quente e ... alô.... alô ... caramba, caiu a ligação. Vou decorar umas duas palavras só para dar pressão nela na próxima vez!

É isto aí!




quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Dita a dura palavra




Cena do filme La noche de los lápices, baseado em história real de prisão,

tortura e assassinato de estudantes secundaristas na Argentina

em 1985




Dita


a dura


palavra


Golpeiam


a nuca


inocente


manchada


pelo sangue


das mãos


do poder


maculado


pela trama


macabra


que edita


a dura


maldade


que lavra


a liberdade


 com spray 


de pimenta


que arde


na alma


da gente. 


E daqui


do alto 


da mágoa


grito


corruptos


usurpadores


cretinos


ladrões


assassinos








É isto aí!








Dita a dura palavra

Cena do filme La noche de los lápices, baseado em história real de prisão,
tortura e assassinato de estudantes secundaristas na Argentina
em 1985
Dita
a dura
palavra
Golpeiam
a nuca
inocente
manchada
pelo sangue
das mãos
do poder
maculado
pela trama
macabra
que edita
a dura
maldade
que lavra
a liberdade
 com spray 
de pimenta
que arde
na alma
da gente. 
E daqui
do alto 
da mágoa
grito
corruptos
usurpadores
cretinos
ladrões
assassinos


É isto aí!



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Tiê - Se enamora


Música: Se enamora
Composição: Edgard Poças / Garofalo / Giannino Gastaldo / Monti / Vicenzo Giuffre.
Cantora: Tiê (Tiê Gasparinetti Biral)


Quando você chega na classe
Nem sabe
Quanta diferença que faz
E às vezes
Faço que não vejo e nem ligo
E finjo, ser distraída demais

Quantas vezes te desenhei
Mas não consigo
Ver o teu sorriso no fim
Te sigo
Caminhando pelo recreio
Quem sabe
Você tropeça em mim

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Quando toca o despertador
De manhãzinha
Me levanto e vou me arrumar
E vejo
A felicidade no espelho
Sorrindo
Claro que vou te encontrar

Fico só pensando em você
E juro
Que vou te tirar pra dançar
Um dia
Mas uma canção é tão pouco
Nem cabe
Tudo que eu quero falar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Se enamora
E fica tão difícil
De ir embora
E às vezes escondido
A gente chora
E chora mesmo sem saber porque
Se enamora
A gente de repente
Se enamora
E sente que o amor
Chegou na hora
E agora gosto muito de você

Fonte no Youtube:   Se enamora -Tiê
Postagem feita por: A girl in purple



Tiê - Se enamora


Música: Se enamora
Composição: Edgard Poças / Garofalo / Giannino Gastaldo / Monti / Vicenzo Giuffre.
Cantora: Tiê (Tiê Gasparinetti Biral)


Quando você chega na classe
Nem sabe
Quanta diferença que faz
E às vezes
Faço que não vejo e nem ligo
E finjo, ser distraída demais

Quantas vezes te desenhei
Mas não consigo
Ver o teu sorriso no fim
Te sigo
Caminhando pelo recreio
Quem sabe
Você tropeça em mim

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Quando toca o despertador
De manhãzinha
Me levanto e vou me arrumar
E vejo
A felicidade no espelho
Sorrindo
Claro que vou te encontrar

Fico só pensando em você
E juro
Que vou te tirar pra dançar
Um dia
Mas uma canção é tão pouco
Nem cabe
Tudo que eu quero falar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantas cores
E vê você passar perto das flores
Parece que elas querem te roubar

Se enamora
Quem vê você chegar com tantos sonhos
E os olhos tão ligados nesses sonhos
Tesouros de um amor que vai chegar

Se enamora
E fica tão difícil
De ir embora
E às vezes escondido
A gente chora
E chora mesmo sem saber porque
Se enamora
A gente de repente
Se enamora
E sente que o amor
Chegou na hora
E agora gosto muito de você

Fonte no Youtube:   Se enamora -Tiê
Postagem feita por: A girl in purple



domingo, 6 de novembro de 2016

Quer pagar quanto?



Quanto é necessário roubar para ser taxado de ladrão neste país?

23 milhões na Suiça?

10 milhões no palácio?

100 milhões na Lista?

3 milhões de propina?

12 milhões pelo contrato?

500 milhões daquele banco do estado imaculado?

4 bilhões da saúde do estado do abominável?



Hipocrisia, teu nome é rasil! Caramba, desconfio que até o computador já está roubando o B!!!



É isto aí!




Quer pagar quanto?

Quanto é necessário roubar para ser taxado de ladrão neste país?
23 milhões na Suiça?
10 milhões no palácio?
100 milhões na Lista?
3 milhões de propina?
12 milhões pelo contrato?
500 milhões daquele banco do estado imaculado?
4 bilhões da saúde do estado do abominável?

Hipocrisia, teu nome é rasil! Caramba, desconfio que até o computador já está roubando o B!!!

É isto aí!


Papo de Esquina XXIX



- Alguém conseguiria definir o sentido deste puta golpe?



- Puta que os pariu, são fodas perdidas!



- Puta merda, são fodas bandidas!



- Putas, perdoem, mas estes seus filhos foram fodas malditas.



É isto aí!

Papo de Esquina XXIX

- Alguém conseguiria definir o sentido deste puta golpe?

- Puta que os pariu, são fodas perdidas!

- Puta merda, são fodas bandidas!

- Putas, perdoem, mas estes seus filhos foram fodas malditas.

É isto aí!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Boi da cara preta (Thiago de Mello)



Por que ainda me resisto a dizer tudo?


Quando o que decidi foi simplesmente


tudo aceitar a começar por mim?





Por que me escondo, menino medroso,


da foice da verdade, que só quer,


gume de amor, cortar o que está podre?





A hora é a do boi da cara preta!


Que eu seja capaz dela, puta merda!





(Thiago de Mello)

Fonte: Poesia comprometida com a minha e a tua vida: 
            pequena história natural do homem no fim que vem vindo do século vinte

Editora: Civilização Brasileira, 1975 - 87 páginas

Poema: Boi da cara preta / página 71

Autor: Thiago de Mello  (1926/2022)

Foi considerado um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional.






Boi da cara preta (Thiago de Mello)


Por que ainda me resisto a dizer tudo?
Quando o que decidi foi simplesmente
tudo aceitar a começar por mim?

Por que me escondo, menino medroso,
da foice da verdade, que só quer,
gume de amor, cortar o que está podre?

A hora é a do boi da cara preta!
Que eu seja capaz dela, puta merda!

(Thiago de Mello)

Fonte: Poesia comprometida com a minha e a tua vida: 
            pequena história natural do homem no fim que vem vindo do século vinte

Editora: Civilização Brasileira, 1975 - 87 páginas

Poema: Boi da cara preta / página 71

Autor: Thiago de Mello  (1926/2022)

Foi considerado um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional.





Há um poema (Luis Rogelio Nogueras)


HÁ UM POEMA





Há um poema que me busca há muito tempo.


Suspeito que já estivemos, sem nos ver, nos mesmos lugares,


e não é improvável que tenhamos amado, alguma vez, a mesma mulher,


que juntos tenhamos rido muito de nada, destinos,


ou que tenhamos perdido alguns cabelos pelos mesmos sofrimentos.


Há um poema que me busca há muito tempo,


e não se cansa,


e este dura já 34 anos.





(Luis Rogelio Nogueras, Cuba, trad. Jeff Vasques)

Há um poema (Luis Rogelio Nogueras)

HÁ UM POEMA

Há um poema que me busca há muito tempo.
Suspeito que já estivemos, sem nos ver, nos mesmos lugares,
e não é improvável que tenhamos amado, alguma vez, a mesma mulher,
que juntos tenhamos rido muito de nada, destinos,
ou que tenhamos perdido alguns cabelos pelos mesmos sofrimentos.
Há um poema que me busca há muito tempo,
e não se cansa,
e este dura já 34 anos.

(Luis Rogelio Nogueras, Cuba, trad. Jeff Vasques)

Paul Van Ostayen

Seu barco saiu à tempestade. Depois de 32 anos de vida transtornada, Paul Van Ostayen naufragou em 18 de março de 1928 em um sanatório de Miavoye-Anthée, nas Ardenas belgas, vítima da então incurável e muito literária tuberculose.

 Ao longo de sua curta vida Paul Van Ostayen, seguramente o maior poeta de língua islandesa (ou, mais exatamente, língua nurlandesa) do século XX, praticou uma variedade de estilos poéticos que revolucionou a poesia de Flandres e da Holanda e que certamente teria influenciado a poesia internacional se sua língua materna possuísse uma irradiação demográfica mais importante. O que acontece com Van Ostayen acontece também a outros gigantes literários como Fernando Pessoa e Machado de Assis, ainda não inteiramente reconhecidos como escritores do primeiro time da literatura universal por terem escrito em uma língua “clandestina”, é o português. (A ironia da história: é justamente na Holanda através do trabalho do tradutor-escritor August Willemseu, que Machado de Assis começa a ter suas primeiras traduções à altura do original).

 Paul Van Ostayen nasceu em 1896, no porto belga de Antuérpia. Seu pai, pequeno empresário, era de origem holandesa. Sua mãe provinha do norte da Bélgica. A vida do pequeno Paul transcorreu sem maiores acontecimentos, o menino obtendo resultados escolares medíocres até que se afasta da escola, em 1913, para começar a trabalhar como funcionário na prefeitura de Antuérpia. Nesse momento, Van Ostayen  já escreve e se engaja luta de emancipação do povo flamengo contra a opressão de uma burguesia, uma aristocracia e. um clero de Flandres que tinha optado pela língua francesa, renegando a cultura flamenga.

 Os primeiros escritos de Van Ostayen são poemas marcados por um romantismo juvenil, dentro dos padrões tradicionais. Seu primeiro artigo publicado, “Arte de Agora”, revela sua paixão pelas artes plásticas - paixão que persistirá durante toda sua existência. Quase todos os seus melhores amigos são pintores e o elemento pictórico será essencial em livros de poemas como As Festas de Angústia e Dor (De Feesten Van Angst en Píjn). Nos últimos anos de vida ele fará da venda de obras de arte a sua fonte (ainda que precária) de sustento.

 Quando se desencadeia a 1ª Guerra Mundial, Paul Van Ostayen se encontra em Antuérpia, cidade-chave no conflito, já que está rodeada por fortificação. Depois de um intenso bombardeio, a cidade cai finalmente em poder dos alemães. As vivências do poeta durante os enfrenta­mentos são descritas em seu poema longo “Cidade Ameaçada” (“Bedreigde Stad”).

 Em setembro de 1917, sob a ocupação alemã, um acontecimento, até certo ponto banal, será determinante para o curso posterior da vida de Van Ostaven. Durante urna cerimônia religiosa, o poeta vaia o cardeal Mercier, conhecido por suas opiniões abertamente antiflamengas. Van Ostayen é preso e posto em liberdade quase em seguida, mas os diferentes processos que se seguiram aumentarão a pena inicial de três meses de prisão para onze meses, razão pela qual o poeta resolve fugir, um ano depois dos fatos, para a Alemanha, no momento mesmo em que as tropas aliadas a avançam sobre a Antuérpia.

 Durante a ocupação alemã, parte dos flamingantes (partidários da “causa flamenga”) se havia aliado aos alemães pensando que, assim, poderia conseguir quebrar a dominação francófona. Mesmo que Van Ostayen nunca tenha simpatizado com o ocupante alemão, preferiu não correr nenhum risco e não se engajou em nenhuma ação que pudesse levá-lo a uma nova condenação. Em novembro de 1918 Van Ostayen instalou-se em Berlim, onde permaneceu mais de três anos, junto com sua amada Emmeke em condições próximas da miséria.

 O relacionamento de Van Ostayen com Emmeke Clément, com quem manteve relações amorosas e de amizade até o fim da vida, não foi ainda devidamente esclarecido. Van Ostayen conheceu-a no outono de 1917 quando os alemães ainda ocupavam Antuérpia. Emmeke era três anos mais velha que o poeta e saia de um casamento de quatro anos. Paul Van Ostayen permanece­ria sempre ligado a ela, mesmo depois que Emmeke - com o consentimento do poeta - se casou com um alemão. Poeta, que deliberadamente se separou de sua amada, o destino de Van Ostayen é análogo ao de Kierkegaard e Kafka, escritores talvez tão impenetráveis quanto ele.

 Durante sua estada em Berlim, Van Ostayen continuou seu trabalho de escritor e entrou em contato com os dadaístas, com quem finalmente acabou na cadeia por seus “excessos” no comportamento.

Nessa época Paul Van Ostayen publica vários artigos sobre artes plásticas, literatura e sobre a luta de emancipação do povo flamengo.

 Em 1920 publica De Festen Van Angst an Pijn (As Festas de Angústia e Dor) e Bezette Stad (Cidade Ocupada). Por seu niilismo e seu desespero, estes dois livros se demarcam muito claramente de suas obras anteriores Music-Hall e Het Sienjaal, onde transparece sua fé expressionista em um mundo renovado. Não surpreende que em Het Sienjaal se possa rastrear alguma influência de Whitman. Ele próprio admite também a influência de Else Lasker-Shuler. Em As Festas de Angústia e Dor e em Cidade Ocupada é visível a influência da poesia de Apollinaire, o que, aliás, o próprio poeta admite. Estes dois últimos livros - o primeiro escrito a mão e em várias cores - se destacam pela ruptura radical com a tradição poética - eles pertencem à linhagem do Mallarmé do “Coup des Dés” os poemas são palavras soltas, gritos atormentados sublinhados por uma tipografia sofisticadíssima próxima das experiências dadaístas e surrealistas. No entanto, a configuração dos poemas de Van Ostayen é original e guarda independência em relação aos novos padrões da vanguarda européia.

 Não suportando mais sua vida em Berlim, Van Ostayen volta a Antuérpia, onde leva uma vida clandestina, à espera de uma anistia. Anistia que chega finalmente e o poeta passa a ganhar a vida como “marchand”. Desse momento já não publicará nenhum livro de poesia. Em meio de 1926, Van Ostayen descobre haver contraído tuberculose, de que vem a falecer em setembro do ano seguinte.

 A Influência de Van Ostayen nas letras flamengas e holandescas tem sido enorme, a tal ponto que um número considerável de poetas em Flandres e na Holanda se debateu em vão para libertar-se de sua presença esmagadora.

Em pouco mais dez anos de atividade poética, Van Ostayen (que viveu apenas 32 anos) revolucionou a poesia de língua neerlandesa e introduziu nela novos procedimentos, ainda hoje dominantes.

Philippe Humblé e Walter Costa, 
(matéria publicada em jan/1985 no suplemento
da Folha de São Paulo intitulada Folhetim.)


VERSO 6
Eu não posso colecionar selos
Eu não posso colecionar fotos de mulheres
Eu não posso colecionar namoros
nem sabedoria
eu já não posso nada mais
          eu já não posso nada mais
Porque não apago a luz
          e não vou pra cama
Eu quero provar
          estar nú
          pelado quem sabe sim púrpura gelada
                                                e palidez
Não é assim o próprio princípio principiante
Eu não quero saber nada
eu não quero perguntar
          porque
          eu não me tornei um colecionador de selos
Eu começarei por dar meu fracasso
Eu começarei por dar minha falência
Eu me darei um pobre despedaço de terra
                              uma terra pisoteada
                              uma terra de urzes
                              uma cidade ocupada
Eu quero estar nu
     e começar

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



MELOPÉIA

Sob o luar escorre o longo rio
Sobre o longo rio escorre cansada a lua
Sob o luar no longo rio escorre a canoa pro mar

Pela canalta
Pelo pradalto
escorre com a lua que escorre a canoa pro mar
Assim são parceiros pro mar a canoa a lua e o homem
Por que escorrem a lua e o homem ambos mansos pro mar

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



PAISAGEM  DE OUTONO

Na neblina é devagar um boi com um carro de boi
andando junto à neblina nunca perde o passo
o boi do carro de boi
Fora da neblina dentro da neblina com o carro tropeçando
firme não adormece o carroceiro
num sono sem trilhas

Atrás do carro bóia luz de lanterna
uma mínima cunha de clareza na negrofunda rua

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



O VELHO

Um velho na rua
sua pequena história para a velha
não é nada soa como uma tragédia rarefeita
sua voz é branca
parece uma faca tão longamente afiada
até o aço ficar magro
como um objeto fora dele se pendura esta voz
sobre o preto comprido casado
O velho magro em seu casaco preto
parece uma planta preta
Vê você isto joga a angústia por sua boca
o primeiro saborear de uma narcose

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



NOITE

Ah, minha alma é só som
Nesta hora de só cor;
Sons que se elevam soltos
Num sonso jardim de odor.

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



POEMA

E cada nova cidade
    flor que murcha
              outono amarelece a flor

              serão todas as cidades assim
              serão todas assim
              assim são todas

Em todo lugar
em todo lugar e em nenhum
             todo lugar é nenhum
em todo lugar
             os mesmos bombons tristes em copos
             bebida fica pérola não há sede
uma canção está em todo lugar             de amor e adultério
             serão todas as cidades assim
             serão todas assim
             assim são todas

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)



BERCEUSE PRESQUE NÈGRE

Não participa o chipanzé

Por que não participa o chipanzé
                              O chipanzé
                                           tem
                               enjôo do mar
Tem tanta água no mar
imagina o chipanzé

(tradução de Philippe Humblé e Walter Costa)