sábado, 30 de agosto de 2014

O amor bandido

Eu te amo, mas não consigo deixar de querer te trair. Não é verdade que no plano real tenha feito algo que fisicamente seja considerado traição, a ponto de desmerecer sua confiança, mas no fundo, no fundo sou bandido nas coisa de amor.

Armandinho...

Espera, ainda não falei tudo. Quando minhas mãos nuas tocam seu corpo macio, sua pele, suas coxas torneadas, sabe, eu desejo, excito, deliro, aí quero algo mais. 

Armandinho...

Eu entendo suas reticências, seu olhar perdido, pode acreditar, eu sei exatamente o que significa este teu olhar. Quando ouço meu nome, no exato instante que estamos sós, minha vida está dentro da sua vida. 

Armandinhoooo ...

Escuta, Carminha, para de falar. Serei breve - escuta. Olha, eu não sei como tenho forças e coragem para te dizer o que está preso em mim. Mas quero ardentemente você agora, estou em chamas, preciso de você em mim.

Armandinhooooo, quer parar com isto? Para agora.

Mas que merda, Carminha, por que grita o meu nome insistentemente? Afinal o que você quer?

O que tanto você conversa com esta cabrita, Armandinho? Parece doido. Vem aqui trocar o gás, que acabou.  

É isto aí!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Um mulher cansada

Poesia minha








Uma mulher cansada 


encanta pela nobreza, 


enriquece o ambiente, 


 e não fica a soçobrar 


pelas quinas seu lamento. 





Está apenas exausta. 


Guerreira indomável e livre


 é toda uma poesia tangível .


que baila alucinadamente,  


até tocar os pés nas estrelas.





Uma mulher cansada 


não claudica com reclames.


Desvia por entre obstáculos


sem trôpego andar. 





Suas curvas, quadris e lábios,


seus seios, cabelos e coxas, 


seu ventre, língua e lágrimas,


são carne e alma a afarvar-lhe


em delirante sensualidade.





Uma mulher cansada


não se cansa, nem se entrega


é mãe, amante, enamorada


na  toada de todos nós.





É isto aí!

Um mulher cansada

Poesia minha


Uma mulher cansada 
encanta pela nobreza, 
enriquece o ambiente, 
 e não fica a soçobrar 
pelas quinas seu lamento. 

Está apenas exausta. 
Guerreira indomável e livre
 é toda uma poesia tangível .
que baila alucinadamente,  
até tocar os pés nas estrelas.

Uma mulher cansada 
não claudica com reclames.
Desvia por entre obstáculos
sem trôpego andar. 

Suas curvas, quadris e lábios,
seus seios, cabelos e coxas, 
seu ventre, língua e lágrimas,
são carne e alma a afarvar-lhe
em delirante sensualidade.

Uma mulher cansada
não se cansa, nem se entrega
é mãe, amante, enamorada
na  toada de todos nós.

É isto aí!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Carminha entre vistas da entrevista

- Dr Renato, a moça agendada para a entrevista do emprego está na recepção.

Ah, saco - Lourdinha, fala para esperar que estou em reunião online urgente com clientes internacionais.

- Já falei, mas ela está muito nervosa e falou que tem outras atividades ainda hoje, Dr. Renato.

E daí? Se não quiser esperar que se dane, e trás um café para mim.

- Bom dia, Dr. Lima, em que posso ser útil.

Bom dia, Lourdinha, o Renato está aí?

- Está sim senhor.

Ele está ocupado?

- Bem, Dr. Lima, ele disse que está em reunião online.

Entendo, e esta moça ali, parece que está nervosa ... 

- Está esperando para uma entrevista com o Dr. Renato.

Engraçado, parece que já a vi aqui. Mas tudo bem, assim que ele puder me receber, liga na minha sala.

Lourdinha, manda a mulherzinha enervada aí entrar...

Muito bem sente-se e vamos à entrevista.

- O senhor se importa se eu não sentar?

Sim, importo.

- Posso saber o motivo de importar-se?

Não, não pode.

- Mas se é relevante para o senhor que eu tome assento à mesa, deve haver uma razão.

A razão é que eu sou o chefe aqui, mando e determino as ações e você é apenas uma pretendente.

- Entendo, por ser apenas uma pretendente mereço ser tratada de uma forma autoritária.

Olha, como é mesmo o seu nome? Se quiser sentar senta, aliás, nem precisa, saia. 

- Vejo que chegamos a um segundo impasse.

Segundo impasse o caralho, saia agora. Lourdinha, quer fazer o favor de vir à minha sala agora.

(silêncio)

Lourdinha...LOURDINHA. Caralho, aquela merda da Lourdinha deve ter ido vadiar na copa. Saia. Saia agora.

- Então é assim que o senhor enfrenta suas adversidades? Expulsando os problemas da sua frente?

O que você pensa não me interessa - fora, saia, vaza, foda-se.

- Peça com modos que posso refletir sobre isto... ei, solta meu braço, você está me machucando.

SAI!! SAI DAQUI!!!

- Não, acalme-se, sente-se, relaxe, vamos terminar isto de uma forma civilizada.

Caralho, tudo bem. Já sentei, agora saia.

Lourdinha...alô..

Olá Renato é o Lima, posso entrar na sala? Preciso te falar um negócio.

Entre, Lima, tem uma putinha aqui que deve ter dado o rabo a noite toda e não pode sentar...

- Acho que o senhor está confundindo as coisas, Dr. Renato.

Confundindo, é? Olha aqui, reconheço uma puta só de bater o olho, e você não é só isto...

- Sei...

É feia, ridícula, corpo escrotinho, voz estridente e chata.

Renato, estou entrando... agora eu lembrei da moça. É a  Carminha, filha do Cardoso, nosso sócio que mora em Londres..

Carminha, filha do Cardoso? Olha só, Lima, que ela vai prá puta que a pariu... fui.

Renato, espera, vamos conversar.

Lima, se vira com esta piranha aí.

Olha, Carminha, desculpe, isto nunca aconteceu aqui. Peço desculpas em nome da empresa.

- Entendo Dr. Lima, estas coisas acontecem.

Muito bem sente-se e vamos tomar um cafezinho e conversar.

- O senhor se importa se eu não sentar?

É isto aí!





domingo, 24 de agosto de 2014

Manoel de Barros

Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa
Com janelas de aurora e árvores no quintal -
Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores
E ao crepúsculo fiquem cinzentas
como a roupa dos pescadores.

O que desejo é apenas uma casa.
Em verdade, Não é necessário que seja azul,
nem que tenha cortinas de rendas.
Em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
Quero apenas uma casa em uma rua sem nome.

Sem nome, porém honrada, Senhor.
Só não dispenso a árvore,
Porque é a mais bela coisa que
nos destes e a menos amarga.
Quero de minha janela sentir
os ventos pelos caminhos, e ver o sol

Dourando os cabelos negros
e os olhos de minha amada.
  
Também a minha amada não dispenso, meu Senhor.
Em verdade ele é a parte mais importante deste poema.
Em verdade vos digo, e bastante constrangido,
Que sem ela a casa também eu não queria,
e voltava pra pensão.

Ao menos, na pensão, eu tenho meus amigos
E a dona é sempre uma senhora
do interior que tem uma filha alegre.
Eu adoro menina alegre,
e daí podeis muito bem deduzir

Que para elas eu corro nas minhas horas de aflição.

Nas minhas solidões de amor e
nas minhas solidões do pecado
Sempre fujo para elas, quando não fujo delas, de noite,
E vou procurar prostitutas. Oh, Senhor vós bem sabeis
Como amarga a vida de um
homem o carinho das prostitutas!
  
Vós sabeis como tudo amarga
naquelas vestes amassadas
Por tantas mãos truculentas ou tímidas ou cabeludas
Vós bem sabeis tudo isso, e portanto permiti
Que eu continue sonhando com a minha casinha azul.

Permiti que eu sonhe com
a minha amada também, porque:
- De que me vale ter casa sem ter
mulher amada dentro?
Permiti que eu sonhe com uma que ame
andar sobre os montes descalça
E quando me vier beijar faça-o
como se vê nos cinemas...
  
O ideal seria uma que amasse fazer comparações
de nuvens com vestidos, e peixes com avião;
Que gostasse de passarinho pequeno,
gostasse de escorregar no corrimão da escada
E na sombra das tardes viesse pousar
Como a brisa nas varandas abertas...
  
O ideal seria uma menina boba:
que gostasse de ver folha cair de tarde...
Que só pensasse coisas leves que nem existem na terra,
E ficasse assustada quando ao cair da noite
Um homem lhe dissesse palavras misteriosas ...
O ideal seria uma criança sem dono,
que aparecesse como nuvem,
Que não tivesse destino nem nome -
senão que um sorriso triste
E que nesse sorriso estivessem encerrados
Toda a timidez e todo o espanto

das crianças que não têm rumo...

*Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, 19 de dezembro de 1916) é um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao pos- Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas européias do início do século e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros . Sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.

sábado, 23 de agosto de 2014

Só refletindo

Um homem com formação médica, destrói a vida de dezenas de mulheres, e tem o mérito de ganhar a liberdade pela mais alta magistratura do país, com a defesa de que não era mais médico, o que anularia seu risco perante a sociedade.

Ser "Ex" parece ser um status importante na grande nação tupynambá. Existe a lenda de que uma pessoa qualquer que tenha roubado aqui e ali, envolvendo-se com crimes das mais diversas formas, ao encontrar uma forma espiritual - qualquer uma, sem ofensa, liberta-se; não pertence mais ao mundo. Torna-se um ex-bandido que pode agora ser livre, inocentado de tudo que fez.

Assim deve ser a analogia com o cidadão em voga. Tornou-se um ex-médico. Mas, neste caso, a grande imprensa estranhamente ficou muda. Nunca cobrou sua busca, nem sequer questionou o magistrado.

Pronto, a salvo dos olhos da choldra, a partir daí, guardados os seus milhões de dinheiros ganhos em cima de suas taras e atividades clínicas concomitantes, foge para a vizinha República Guarany, vivendo em condições de plena liberdade, com riqueza e poder poucos discretos. Foi visto, fotografado e documentado passeando pela cidade de origem da cena dos crimes, mas logo, mais uma vez, a imprensa tratou de destratar.

Tem dia que acreditar na justiça cede a dúvidas. Como pode um indivíduo comprovadamente pernicioso para a convivência social, ser libertado com uma condenação de quase duzentos anos? E as vítimas, com suas vidas destruídas?

É isto aí!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Memória


Memória


Carlos Drummond de Andrade












Amar o perdido


deixa confundido


este coração.





Nada pode o olvido


contra o sem sentido


apelo do Não.





As coisas tangíveis


tornam-se insensíveis


à palma da mão





Mas as coisas findas


muito mais que lindas,


essas ficarão.









Memória

Memória
Carlos Drummond de Andrade


Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.



Escultura em madeira - Bruno Walpoth


Escultura em madeira - Bruno 


http://www.walpoth.com/







Escultura em madeira - Bruno Walpoth

Escultura em madeira - Bruno 
http://www.walpoth.com/


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A mulher dos meus sonhos


Meu nome é Carlos, sou economista, mas pode ser Carlinhos também. Tenho 43 anos e estou em uma capela que está com poucos convidados, basicamente apenas os amigos mais próximos e a família da Amelinha, minha noiva. Vista de fora, é pequena, mas quando se entra para casar, vira um tapete de uns três quilômetros.

Ficamos enamorados e noivos a apenas três semanas, apesar de sermos vizinhos de porta a mais de quinze anos. Amelinha é bonitinha, meio que gordinha, engraçadinha, um metro e meio mais alguma coisa, tem 38 anos, cabelos castanhos escuros e é analista de sistemas.

Sempre nos olhamos, às vezes uma troca rápida de assuntos aleatórios na viagem do elevador, durante os 27 andares até a garagem, mas nada além disto. Na realidade nem sequer sabia seu nome até três semanas atrás, quando até então era um solteiro convicto, determinado e seletivo no gosto com mulheres. Bem, vou tentar fazer um resumo de como tudo isto começou.

Três meses atrás, numa segunda-feira:

Tive uma noite estranha. Dormia sozinho em casa e, puxa vida, dormi assustadoramente demais. Não recordo de nada, mas tive um sonho que era tão real que mal conseguia distinguir entre realidade mundana e onírica. Deixa pensar... não bebi, isto não bebi nada ontem. Não estava tomando barbitúricos, nem aqueles legais, é verdade, tem uns que dão barato... mas não tomei nada.

Agora estava ali, de olhos fechados, pensando no que foi aquela noite. Será que morri? - pensei antes de abrir os olhos.  Minha analista - meu Deus, como ela é gostosa, certa feita confidenciou-me que o sonho é o resultado de uma conciliação. 

Segundo ela, dorme-se e, não obstante, vivencia-se a remoção de um desejo. Satisfaz-se um desejo, porém, ao mesmo tempo, continua-se a dormir. Ambas as realizações são em parte concretizadas e em parte abandonadas. 

Bem, vou abrir os olhos, e então saberei de algo. Caramba, estou moído, triturado. Mas, espere, o que é isto ao meu lado... aaaaiiiii, como você entrou aqui? Quem é você? Ei... acorda, moça... acorda... quem é você?

Hummm, bom dia amor... vem cá, me dá um beijinho de bom dia...

Quem é você? Espera... eu morri? É isto?

Bobinho, tem nada disto. Olha bem para mim, pensa bem - você sabe quem eu sou.

Sei apenas que não sei de nada, agora se explique - este é o meu quarto, esta é a minha cama e você...

Eu sou sua.

Minha? Que papo doido é este? Espere (pulei da cama, corri todo o apartamento, olhei as portas, conferi as janelas, liguei para a portaria para saber se alguém subiu nas últimas doze horas). Refleti - Moro no vigésimo sexto andar, como esta moça entrou aqui?  Voltei para o quarto, e não mais a vi. Desesperado, voltei à sala, abri a porta, olhei no corredor, voltei, olhei no banheiro, cozinha, nada da moça.

Voltei à analista, contei detalhes, dei informações que nem lembrava mais. Olhou-me com aquela expressão intelectual irritante, cruzou suas coxas delirantes, e professou a sentença - Carlinhos, você a conhece, mas não está ligando a pessoa ao fato. Veja com outros olhos.

Saí dali desesperado. Procurava ansioso nas ruas, nos rostos anônimos das calçadas, vitrines, restaurantes e no escritório. Nada, ela entrou e saiu da minha vida de uma forma tão surpreendente que fiquei atordoado.

Três semanas atrás, num domingo às seis horas da manhã:

Creditei aos problemas do trabalho e ao cansaço, o sono pesado daquela experiência. Mas aí acordei num domingo com ela ao meu lado, ainda dormindo. Linda, angelical. Desta vez não assustei tanto. É um sonho, pensei. Afaguei-lhe o rosto, desfilei os dedos entre seus cabelos, apertei-lhe brandamente as bochechas. Descobri-a e admirei seu corpo formoso e encantadoramente sensual sob um pijama de seda. Tirei meu pijama, ajoelhei-me no chão ao seu lado e...

Olá... disse sussurrando e acariciando sua face. Ela espreguiçou lentamente, abriu os olhos, sorriu de forma angelical, levou a mão ao meu encontro, em movimentos delicados, e com uma voz deliciosa, retribui-me a saudação. Senti sua falta, disse-lhe trêmulo e emocionado. Não sei quem é você, mas você não saiu do meu pensamento, eu a busquei loucamente nestas semanas.

Eu sou a mulher dos seus sonhos... 

Dos meus sonhos? Como assim? 

Sou seus desejos, suas vontades, seu prazer. Sou sua, toda sua.

Como é isto? Eu só gosto de loiras, sempre tive só namoradas loiras, eu gosto de mulheres altas, seios grandes, e você, desculpe, mas você não está enquadrada nestes parâmetros. Não sei como entrou aqui, nem sei como saiu da outra vez, mas como assim - mulher dos meus sonhos? E você disse que eu sabia quem era, e eu não tenho a menor ideia disto.

Olhe bem para mim, Carlinhos, nos meus olhos...

Aí fui olhando, olhando, olhando e de repente, em um estalo, gritei em pleno desespero - Mamãe!!!! É você, mamãe?!?!?!? Mas o que é isto???? O que está acontecendo comigo?!?!?!? AAAAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!

De salto, pulei para fora do quarto aos gritos, ainda nu, abri abruptamente a porta da sala e deparei com Amelinha de porta aberta, frente à minha, de camisolinha transparente, curta. Olhamos nos olhos, cruzamos a extensão do corpo de um no cobiçado olhar do outro corpo, olhamos para os lados, dei três passos em sua direção, ajoelhei-me, peguei a sua mão e a pedi em casamento. Ajoelhou, abraçou-me, beijamos e agora estou aqui, nesta Capela...

É isto aí!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Templo da Filosofia Ecumênica Macunaímica



O pregador: Meus irmão e minhas irmãos, caríssimos, em verdade, em verdade vos digo - Deus é amor. Assim está escrito, assim o é. O amor...



O fiel - Mas como Deus é amor se o amor é cego?



A gorda sexy - Mas meu pai também é cego.



A gostosa do Templo - Caramba, será que o pai da gorda sexy é Deus?




O pai da gorda sexy - Não sou Deus, além disso sempre disseram-me que sou ninguém.





A beata solteira - Convenhamos, você sabe que ninguém é perfeito, talvez por isto seja cego.





O ex-delinquente recuperado - Humm, espera, se o pai da gorda é ninguém, logo ele é perfeito.





O pregador - Só Deus é perfeito.





A gorda sexy - Então meu pai é Deus?





O fiel - Milagre... Deus se fez carne no nosso Templo, o pai da gorda é Deus...





A beata solteira - Se o pai da gorda sexy é Deus, a partir de agora quero ser igual a ele.





A gorda sexy - Estou cega... estou cega...





É isto aí!

Templo da Filosofia Ecumênica Macunaímica

O pregador: Meus irmão e minhas irmãos, caríssimos, em verdade, em verdade vos digo - Deus é amor. Assim está escrito, assim o é. O amor...

O fiel - Mas como Deus é amor se o amor é cego?

A gorda sexy - Mas meu pai também é cego.

A gostosa do Templo - Caramba, será que o pai da gorda sexy é Deus?

O pai da gorda sexy - Não sou Deus, além disso sempre disseram-me que sou ninguém.

A beata solteira - Convenhamos, você sabe que ninguém é perfeito, talvez por isto seja cego.

O ex-delinquente recuperado - Humm, espera, se o pai da gorda é ninguém, logo ele é perfeito.

O pregador - Só Deus é perfeito.

A gorda sexy - Então meu pai é Deus?

O fiel - Milagre... Deus se fez carne no nosso Templo, o pai da gorda é Deus...

A beata solteira - Se o pai da gorda sexy é Deus, a partir de agora quero ser igual a ele.

A gorda sexy - Estou cega... estou cega...

É isto aí!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Um conto imoral




Tudo deu errado na vida de Aureliano Cantareira. Nasceu pobre, família modesta, estudou como desejava o pai, concluiu o segundo grau, ingressou em uma carreira pública como assessor de certo vereador do bairro, e daí fez faculdade, conheceu Rosinha, uma morena deslumbrante e ao seu lado deu passos largos e tombos inevitáveis. Perdeu tudo, de Rosinha ao chaveiro do carro.





Passou a vagar aqui e ali, morando em pensões baratas, comendo quando podia, capinando um quintal, coletando sucatas, enfim, conheceu o lado dos desvalidos até a velhice, que viu chegar lenta e progressivamente dolorosa. Ao fim, acomodado em um asilo municipal, com melhor conforto do que vivera nos últimos trinta anos, passou a ter tempo para refletir sobre sua vida.





Onde deu errado? Por que tudo teve que acontecer desta forma? E chorava, meditava, refletia, porém a resposta não vinha. Um dia chegou no horário de visitas um velho bem vestido, pletórico, e foi direto ao seu encontro. 





- Olá Aureliano.


- Olá... nos conhecemos?


- Sim, nos conhecemos.


- Sério? Qual o seu nome?


- Rafael. Não se lembra de mim? Brincávamos na infancia, eramos amigos em tudo, inseparáveis.


- Verdade? Bom, a que devo a honra da sua visita, Rafael?


- Você tem se cobrado muito pelo motivo pelo qual está aqui, como tudo aconteceu, então quer uma resposta para suas divagações, e eu vim responder. Pode perguntar.


- Como você sabe disto? Eu não te conheço e você sabe meu nome e minhas angústias?


- Pergunte, Aureliano, não tenha medo.


- Você é Deus?


- É assim que me vê?


- Não sei, está tudo tão estranho, você aqui, esta conversa...


- Eu sou o que sou  estou aqui para cumprir com minha obrigação.


- Você faz truques? faz mágicas? Multiplica as coisas? Faz aparecer dinheiro do nada?


- Aureliano Cantareira, você é um incorrigível perdedor. Pare com suas dúvidas e questionamentos superficiais e arrisque saber a verdade.


- Está certo. Estava com medo de você, medo da verdade. Passei a vida com medo. Diga, Rafael, onde errei?


- Onde errou? Você é um tremendo de um filho de uma puta, um pulha, um asqueroso dejeto humano, você é uma bosta seca no pasto árido, inútil e idiota.


- Mas o que é isto? Veio aqui chutar um velho derrotado?


- Derrotado hoje, mas no dia que roubou meu emprego na Câmara e a minha namorada, Rosinha, eu jurei que iria destruir a sua vida. E me dediquei à esta obra por cada segundo que passou desde a semente do ódio germinada. Eu destruí você, Aureliano. E agora? Vim te dizer que prometi e cumpri. Vai tomar no c*, Aureliano.


- O que você ganhou com isto, qual é a moral desta história?


- Ganhei a liberdade de vim te dizer que você é um cagão e a moral da história é que não há imoralidade entre fazer e destruir um imbecil como você. Adeus, babaca.


- Rafael, espere, não vá ainda, preciso te dizer uma coisa...


- Fala, farrapo.


- Muito obrigado por tudo, ninguém nunca havia feito nada por mim e você dedicou toda a sua vida à minha vida.   


- Vá à merda, Aureliano, e retire este sorriso cínico do rosto, por que se não o fizer eu farei de tudo para removê-lo.


- Rafael... escute... Rosinha não valia isto tudo, acredite.


- Eu sei, esta é a minha ira. Quando finalmente a tive nos braços, descobri o quanto você estava feliz por te-la perdido. Eu te odeio, Aureliano...





É isto aí!

Um conto imoral

Tudo deu errado na vida de Aureliano Cantareira. Nasceu pobre, família modesta, estudou como desejava o pai, concluiu o segundo grau, ingressou em uma carreira pública como assessor de certo vereador do bairro, e daí fez faculdade, conheceu Rosinha, uma morena deslumbrante e ao seu lado deu passos largos e tombos inevitáveis. Perdeu tudo, de Rosinha ao chaveiro do carro.

Passou a vagar aqui e ali, morando em pensões baratas, comendo quando podia, capinando um quintal, coletando sucatas, enfim, conheceu o lado dos desvalidos até a velhice, que viu chegar lenta e progressivamente dolorosa. Ao fim, acomodado em um asilo municipal, com melhor conforto do que vivera nos últimos trinta anos, passou a ter tempo para refletir sobre sua vida.

Onde deu errado? Por que tudo teve que acontecer desta forma? E chorava, meditava, refletia, porém a resposta não vinha. Um dia chegou no horário de visitas um velho bem vestido, pletórico, e foi direto ao seu encontro. 

- Olá Aureliano.
- Olá... nos conhecemos?
- Sim, nos conhecemos.
- Sério? Qual o seu nome?
- Rafael. Não se lembra de mim? Brincávamos na infancia, eramos amigos em tudo, inseparáveis.
- Verdade? Bom, a que devo a honra da sua visita, Rafael?
- Você tem se cobrado muito pelo motivo pelo qual está aqui, como tudo aconteceu, então quer uma resposta para suas divagações, e eu vim responder. Pode perguntar.
- Como você sabe disto? Eu não te conheço e você sabe meu nome e minhas angústias?
- Pergunte, Aureliano, não tenha medo.
- Você é Deus?
- É assim que me vê?
- Não sei, está tudo tão estranho, você aqui, esta conversa...
- Eu sou o que sou  estou aqui para cumprir com minha obrigação.
- Você faz truques? faz mágicas? Multiplica as coisas? Faz aparecer dinheiro do nada?
- Aureliano Cantareira, você é um incorrigível perdedor. Pare com suas dúvidas e questionamentos superficiais e arrisque saber a verdade.
- Está certo. Estava com medo de você, medo da verdade. Passei a vida com medo. Diga, Rafael, onde errei?
- Onde errou? Você é um tremendo de um filho de uma puta, um pulha, um asqueroso dejeto humano, você é uma bosta seca no pasto árido, inútil e idiota.
- Mas o que é isto? Veio aqui chutar um velho derrotado?
- Derrotado hoje, mas no dia que roubou meu emprego na Câmara e a minha namorada, Rosinha, eu jurei que iria destruir a sua vida. E me dediquei à esta obra por cada segundo que passou desde a semente do ódio germinada. Eu destruí você, Aureliano. E agora? Vim te dizer que prometi e cumpri. Vai tomar no c*, Aureliano.
- O que você ganhou com isto, qual é a moral desta história?
- Ganhei a liberdade de vim te dizer que você é um cagão e a moral da história é que não há imoralidade entre fazer e destruir um imbecil como você. Adeus, babaca.
- Rafael, espere, não vá ainda, preciso te dizer uma coisa...
- Fala, farrapo.
- Muito obrigado por tudo, ninguém nunca havia feito nada por mim e você dedicou toda a sua vida à minha vida.   
- Vá à merda, Aureliano, e retire este sorriso cínico do rosto, por que se não o fizer eu farei de tudo para removê-lo.
- Rafael... escute... Rosinha não valia isto tudo, acredite.
- Eu sei, esta é a minha ira. Quando finalmente a tive nos braços, descobri o quanto você estava feliz por te-la perdido. Eu te odeio, Aureliano...

É isto aí!

domingo, 17 de agosto de 2014

Odete, a Carpideira de Brasília

Ainda não havia terminado o arrastado domingo e Odete, a Carpideira de Brasília, ligou entre soluços, lágrimas, afonia, silêncio, murmúrios e balbuciantes monossílabas.  Conta a lenda que de certa feita, no sertão do Plano Piloto, a moça chorou com tanta veracidade em velório de alta patente, que foi recomendado por intermediários uma, digamos assim, ajuda para custeio de despesas, pelo prazo do luto razoável de cinco anos realizado em parcelas iguais e mensais.

- Alô amor!!! Saudades de você. Euzinha aqui me acabando em um vale de lágrimas e você aí, no bem bom caipira das alterosas...

- Olá Odete, sempre fico em contagiante alegria ao ouvir sua voz. A que devo a honra de tamanha graça?

Bem, querido, como sabe minhas fontes são tão fidedignas quanto às da grande e idônea imprensa. A questão é que Carminha me contou que ouviu de Martinha, amante de famoso membro da alta corte neoliberal, que conversava com um lugar-tenente com doutorado em Seridó, que confidenciou-lhe que Margareth, uma piriguete da região de Caicó, soube através de Amelinha, que tinha lá um rompante com Virgilinho, guarda-livros da empresa da prima do filho do amigo da amante do sub-auxiliar da terceira secretaria no Palácio do Campo das Princesas, na sede do governo do longínquo e distante Pernambuco, que Dudu, o garoto que ia mudar o mundo a partir do Campo das Princesas, morreu.

- Odete, você está louca? está doida? Está com alucinação? Está tendo crise histérica? Odete, Dudu morreu já tem aí uns quatro dias, e só agora é que você levanta toda esta linha de informações para lamentar a perda?

- Nossa, querido, você só vê as coisas com os olhos de Cartesius. 

- Espera aí... você então está querendo dizer que nada mais decola vindo dali?

- Não sei de nada, não falei nada, não disse nada, e se contar que fui euzinha, desminto. Mas que tal fazer um voo livre em minha pista solo, amor?

Uau, Odete, assim você... alô... alô... droga, perdi o voo outra vez...

É isto aí!



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Só pensando e viajando nas estrelas

É claro para mim, como pai e ser político, que o falecimento do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, é muito triste. Não só dele, como dos companheiros de vôo. Impossível não sentir uma dor pela tragédia e uma reflexão sobre a morte.

Nesta semana dezenas de pessoas perderam a vida em acidentes no Brasil. Aqui, a poucos minutos de distância de minha casa, um jovem casal universitário partiu deste plano da mesma forma que todas as outras tragédias rodoviárias, terrestres ou de navegação. 

Li aqui e ali imbecilidades sem fim. Acusações, regras demoníacas, superstições idiotas e até um suposto filosofo guru da banda podre aventou a possibilidade de um atentado. Estão todos impressionados, pressionados e aprisionados em um redemoinho, que psicanalista fosse, enredaria pela Pulsão da Morte de Freud.

Do que têm medo estas pessoas? Do futuro? Não acho. O pânico é sobre o AGORA. O que resta disto tudo? O agora. Só isto e mais nada. Quem vencerá as eleições, quem ganhará o campeonato, quem tirará a virgindade da gostosa do 701 do Bloco B? Nada disto interessa ao passado, e não está no futuro.

E há algo importante a ressaltar: nada está traçado para a  vida de uma forma reta, pré-destinada, o futuro está sempre mudando. Todas possibilidades existem, a vida pode tomar qualquer rumo, pra melhor ou pior, o que define como alguém vai desenvolver o seu caminho e aprendizado é o personagem que esta pessoa cria pra ela mesma, as suas escolhas em geral e o seu estado de consciência.

Esqueça Einstein, Planck, Curie e outros notáveis. Existe uma nova teoria que foi proposta no final da década de 80 pelos físicos russos Mikhail Vasiliev e Efin Fradkin, do Lebedev Institute, em Moscou, que é conhecida nos meios científicos como "A Teoria Vasiliev" (para fins de brevidade, o nome Fradkin é deixado de lado) e leva a ideia básica da Física Moderna a extremos: o mundo consiste de campos – os campos elétrico e magnético, além de um punhado de outros que representam as forças conhecidas da natureza e seus tipos de matéria. A teoria Vasiliev postula um número infinito de campos. Eles vêm em variedades cada vez mais complicadas descritas pela propriedade quântico-mecânica do spin.

Assim, lendo desta forma, tanto você quanto eu não não está entendendo nada, mas parece que a teoria afirma que o tempo está inserido no plano espaço, e por isto temos vários "agora" coexistindo em nossa existência. Então por que preocupar com o futuro se o "agora" que estou nele não for compatível com o "agora" que me levará a outras respostas e perguntas?

Vou repensar isto tudo e parar de beber enquanto escrevo...

É isto aí

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Sabe por que ela é tão sensacional?

ATENÇÃO - ESTE TEXTO NÃO É MEU - COPIEI E COLEI
Autora - Nathalí Macedo*
Fonte - http://www.entendaoshomens.com.br

http://www.zupi.com.br/as-pin-ups-de-elvgren/
Sabe por que ela é tão sensacional? Porque ela te faz esperar. Te faz implorar. Te deixa ridiculamente vulnerável, te rouba o sossego, te faz trocar o travesseiro pela cachaça, o sorriso pela lágrima, a paz pelo desespero.

Sabe por que ela te parece tão inspiradora? Porque ela é uma filha da puta. Que te trocou por outro, não respondeu as tuas mensagens, cuspiu na sua dignidade e continua sendo musa das suas poesias.

Ela não tem uma bunda insubstituível, nem faz um sexo sensacional, nem tem a sensualidade de uma deusa – o que tornaria, talvez, explicável toda essa obsessão patética. Só há uma diferença verdadeiramente expressiva entre ela e aquela moça que te elogiou o sorriso: é que ela não te quer. Ela tornou-se inalcançável e isto te atraiu de uma maneira que você simplesmente não consegue lidar. Que grandessíssimo babaca é você, deixando mulheres sensacionais para trás enquanto se ocupa em remoer o desprezo de quem simplesmente não te ama mais.

Você parece tão adulto, mas que grandessíssimo babaca – amando sem ser amado pelo simples prazer de protagonizar um pseudodrama imbecil.

Quer saber de uma coisa realmente dolorosa – e da qual um imbecil como você é completamente merecedor? – ela não te quer. Nem por um diazinho. Nem pra lamber-lhe os sapatos e lavar-lhe as calcinhas. Ela deixou de te querer quando percebeu que continuar te querendo era o primeiro passo pra deixar de te merecer. Porque um homem como você só se contenta com o impossível, com o difícil, com o problemático – e, embora você seja realmente muito filho da puta, quem sou eu pra te julgar? Eu também gosto dos filhos da puta.

Mas, acredite, ela faria qualquer coisa pra se ver livre dessa sua patética dor de cotovelo. Ela não vê, mas seria tão simples: a ela bastaria se apaixonar por você. Ouvir tuas palavras, te aquecer numa noite fria, tomar uma cerveja com você no fim do expediente. Cuidar bem do teu amor.

E então, ela deixaria de ser sua musa inalcançável para tornar-se um inconveniente, um infortúnio. Deixaria de ser venerada para ser simplesmente indesejada no momento em que correspondesse a estes anseios ridiculamente exagerados que você alimenta. Ela ouviria um milhão de nãos no instante em que te dissesse sim. Por que um homem como você não ama o amor: ama a conquista, a vitória, o triunfo. Um homem como você é babaca demais pra perceber: ela só é tão sensacional porque não ser mais tua.

*Sobre Nathalí Macedo

Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo


sábado, 9 de agosto de 2014

Armando e Laurinha - A pesquisa eleitoral

Eu odeio gatos, disse a moça segurando uma enorme caneca de café. E também não gosto de saudade, nem despedidas, nem rapidinhas, e muito menos beijo sem língua. Detesto encoxadas sem continuidade bem como não gosto só de provocações sem complementação. E, deixa-me pensar - cigarro, isto, eu odeio cheiro de cigarro a qualquer dia e a qualquer hora.

Senhora, por favor...

Por favor digo eu - senhorita, moça, mocinha, garota ou outras expressões de características similares eu aceito, mas "senhora"? Como assim? Pareço ser sua mãe? Eu não sou velha, não sou chata, não sou gorda, não sou burra, não sou ... ah, o que você pensou, também não sou.

Moça, acalme-se, deixe-me explicar...

Meu ciclo menstrual é normal, minha TPM é legal, adoro fazer  sexo em locais bizarros, faço academia, natação e ioga; ciclismo, caminhada e boxe tailandês. Dirijo bem, detesto ônibus com aquelas aglomerações pornoletários, entende, uma mistura de um porno com a classe proletária, mas não sou preconceituosa, pois um pretinho básico sempre cai bem.

Posso falar?

Olha, passar bem, querido. Vai tabular sua prancheta em outras bandas, já disse tudo. Ah, gosto de fazer tipo cachorrinho, entende? Deve ser por isto que não gosto de gatos... Valeu, já sabe tudo de mim, beijinhos e tchau.

Com quem você falava tanto na porta da sala, Laurinha?

Armandinho, era um carinha aí, sei lá, meio esquisito, falando que era entrevistador de pesquisa eleitoral, aí empolguei e falei de toda a minha plataforma...

Mas assim, Laurinha?

Assim como, Armandinho?

Nua?

Meu Deus, será que ele pensou alguma coisa sobre mim? Gorda? Feia? Será, será??? E meus peitos? Será que achou que estão caídos? E agora vai tudo para ser divulgado na TV? Meu Deus, meu Deus!!!! 

Laurinha, você é muito doidinha, mas eu te amo.Era uma pesquisa para saber em quem vai votar, só isto...

Nossa, era só pra isto? Então... vamos brincar de boca de urna? Não para, Armandinho, não para, ai... você me mata, Armandinho...

É isto aí!

sábado, 2 de agosto de 2014

ESPERANZA SPALDING - Samba em Prelúdio - Baden Powell

ESPERANZA SPALDING - Samba em Prelúdio - Baden Powell

Disritmia (Martinho da Vila)


Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos

Preciso transfundir seu sangue
Pro meu coração, que é tão vagabundo
Me deixa te trazer num dengo
Pra num cafuné fazer os meus apelos
Me deixa te trazer num dengo
Pra num cafuné fazer os meus apelos

Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos

Me deixe hipnotizado pra acabar de vez
Com essa disritmia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia

Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos

Me deixe hipnotizado pra acabar de vez
Com essa disritmia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego

Que chegou de porre lá da boemia

Lama (Ailce Chaves / Paulo Marques) - Elza Soares e Banda Luar de Prata


"Lama" é um samba composto por Paulo Marques e Ailce Chaves em 1952. Foi gravado originalmente por Linda Rodrigues na Continental. Um dos fatos mais importantes ligados a esse samba foi protagonizado pelo início da carreira da então jovem Elza Soares.

 Em 1953, Elza Soares fez o primeiro teste na Rádio Tupi, no programa "Calouros em desfile", de Ary Barroso. No teste Elza interpretou a música "Lama" ganhando o primeiro lugar. Esse fato é sempre lembrado nas entrevistas da cantora.

Lama (Ailce Chaves / Paulo Marques) 

Se quiser fumar eu fumo
Se quiser beber eu bebo
Não interessa a ninguém.

Se o meu passado foi lama,
Hoje quem me difama
Viveu na lama também.

Comendo da minha comida
Bebendo a mesma bebida
Respirando o mesmo ar.

E hoje, por ciúme ou por despeito
Acha-se com o direito 
de querer me humilhar.

Quem és tu?
Quem foste tu?
Não és nada!
Se na vida fui errada
Tu foste errado também

Não compreendeste o sacrifício
Sorriste do meu suplício
Me trocando por alguém

Se eu errei, se eu pequei
Pouco importa
Se aos teus olhos estou morta
Pra mim morreste também!

Quem és tu?
Quem foste tu? Não és nada!
Se na vida fui errada
Tu foste errado também

Não compreendeste o sacrifício
Sorriste do meu suplício
Me trocando por alguém

Se eu errei, se eu pequei,
Pouco importa
Se aos teus olhos estou morta,
Pra mim morreste também.

Áudio extraído do Cd da Trilha Sonora de Chega de Saudade
Música: Lama
Artista: Elza Soares, Marku Ribas e Bid
Álbum: Trilha Sonora Original do Filme: Chega de Saudade
Licenciado para o YouTube por
The Orchard Music (em nome de Tratore); LatinAutor - SonyATV e 2 associações de direitos musicais


Orgulho




Angela Maria e Maria Bethânia







De: Nelson Wederkind - Waldir Rocha





Tu me mandaste embora, eu irei


Mas comigo também levarei


O orgulho de não mais voltar





Mesmo que a vida se torne cruel


Se transforme numa taça de fel


Este trapo tu não mais verás





Eu seguirei com o meu dissabor


Com a alma partida de dor


Procurando esquecer





Deus sabe bem quem errou de nós dois


E dará o castigo depois




O castigo a quem merecer




Orgulho

Angela Maria e Maria Bethânia
De: Nelson Wederkind - Waldir Rocha

Tu me mandaste embora, eu irei
Mas comigo também levarei
O orgulho de não mais voltar

Mesmo que a vida se torne cruel
Se transforme numa taça de fel
Este trapo tu não mais verás

Eu seguirei com o meu dissabor
Com a alma partida de dor
Procurando esquecer

Deus sabe bem quem errou de nós dois
E dará o castigo depois

O castigo a quem merecer